Em um avanço significativo para a medicina neurocirúrgica no interior paulista, o HE (Hospital de Esperança), em Presidente Prudente, instituição filantrópica especializada em oncologia, realizou um procedimento cirúrgico de alta complexidade e ineditismo na região. Trata-se da remoção de um tumor raro e extremamente complexo na base do crânio, que foi conduzida pelo neurocirurgião do HE, Felipe Gaia, com a colaboração do renomado especialista Márcio Rassi, de São Paulo.
O tumor em questão, pela sua localização e envolvimento com múltiplos nervos cranianos e estruturas vasculares cruciais, representava um desafio significativo tanto em termos de acesso quanto de remoção completa e segura. Para garantir o melhor resultado possível, os especialistas tiveram o suporte integral da diretoria do HE, que disponibilizou tecnologias de ponta.
Para a realização da cirurgia, que durou aproximadamente 12 horas, foram utilizados recursos de última geração, como neuroendoscópio, neuronavegador, aspirador ultrassônico e monitorização eletrofisiológica intraoperatória. A realização de uma cirurgia dessa magnitude em uma instituição filantrópica é um marco, principalmente quando se considera que o HE atende majoritariamente pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
A realidade do SUS, em muitas regiões do Brasil, ainda é marcada por desafios estruturais e recursos limitados, o que destaca o investimento da diretoria do hospital em equipamentos de última geração. Além do impacto direto na saúde do paciente, a cirurgia teve uma importância acadêmica significativa. Dada a raridade do tumor, um tipo que afeta a região do forame jugular, houve também a participação prática de alunos e residentes da Faculdade de Medicina da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).
Tecnologia de ponta;
O uso de tecnologias avançadas foi fundamental para garantir a segurança e a precisão da cirurgia. A neuronavegação permitiu mapear o cérebro em tempo real, guiando os cirurgiões com precisão. O aspirador ultrassônico é utilizado para facilitar a remoção do tumor de maneira menos invasiva, fragmentando o tecido tumoral sem danificar as áreas ao redor.
Além disso, a monitorização eletrofisiológica intraoperatória monitoriza a atividade dos nervos e músculos, protegendo funções neurológicas vitais e minimizando o risco de complicações. Essas tecnologias são essenciais para realizar cirurgias de alta complexidade com segurança.
“Nós acompanhamos a angústia dessa paciente por mais de um ano, até que conseguimos organizar todo arsenal tecnológico juntamente com a equipe médica, enfermagem e hospital. Contamos com apoio da esquipe de psicologia também durante todo esse processo. A sensação de proporcionar a uma paciente do SUS o que temos de melhor em termos de equipamentos neurocirúrgicos, nos auxiliando na segurança pro paciente e melhor resultado é indescritível. Isso nos motiva muito a enfrentar esses grandes desafios que a profissão nos coloca frente a frente”, frisa Felipe Gaia.
(Da redação)
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